II Seminário Internacional Interdisciplinar de Estudos sobre Futebol e Sociedade -Events UEPG

Anais SIIEFS

Published em 26/08/2019 - 12:08

Apresentação:

O futebol pode ser compreendido como um símbolo significante para o sistema cultural mundial, na sociedade brasileira este esporte é em certa medida imposto como uma força capaz de penetrar a vida dos seus habitantes, influenciando os seus habitus, os seus costumes, os seus sentimentos, os seus cotidianos e as suas identidades individuais e coletivas (FREITAS JR., 2012).

Segundo DaMatta (1982), devido ao entrelaçamento positivo entre o futebol e a cultura brasileira, aspecto que o incutiu o status de um dos seus símbolos culturais locais mais significantes, ao adquirir uma certa compreensão sociológica do futebol, aumenta-se invariavelmente o conhecimento da sociedade nacional. Mas, para tanto, é preciso o descarte integral de qualquer tipo de aproximação com os fundamentos da sociologia tradicional, que acredita na existência de um contraste entre o esporte (futebol) e a sociedade, defendendo a perspectiva estruturada pela atribuição dos esportes (geral) e do futebol (particular) enquanto “uma atividade da sociedade”.

Por este viés, o futebol pode ser considerado um campo capaz de provocar uma série de dramatizações na sociedade brasileira. A dramatização é uma modalidade do ritual e de ritualização. Ou melhor, conforme salientou DaMatta (1982), um ingrediente básico dos processos de ritualização, pois sem drama não existe o rito, e um dos traços distintos e essenciais do drama é a sua capacidade de chamar a atenção, revelar, veicular, representar e descobrir relações, problemas, valores e ideologias que também podem estar em estado de latência ou de virtualidade num dado sistema social. Desta forma, ao considerar que o drama é uma das disposições constituintes do campo futebolístico brasileiro, as práticas (os rituais) deste espaço social são um modo privilegiado por intermédio dos quais a sociedade nacional fala, apresenta-se, revela-se, expressa-se, deixando-se, portanto, descobrir amplamente (intenções, configurações e etc) (DAMATTA, 1982)

Embasado em algumas das obras de DaMatta (1982), Daolio (1998) corrobora-se com a contextualização exposta, afirmando que em virtude do entrelaçamento entre o futebol e a cultura local, o campo futebolístico é, ao mesmo tempo, um modelo da nação e um exemplo para ela se apresentar publicamente. Em outras palavras, o futebol constitui-se, por um lado, numa imagem da sociedade brasileira e, por outro, num exemplo que proporciona a ela um modelo para se expressar.

Não obstante, propor-se a estudar o futebol enquanto um fenômeno sociocultural da sociedade brasileira, tem se tornado um empreendimento cada vez mais difícil. Pois, se há algumas décadas, DaMatta (1982) investiam seus esforços para legitimar o esporte e as relações sociais provenientes deste, como um objeto de estudo das ciências sociais e humanas, hoje em dia, em virtude da expansão do campo e da alta qualidade das produções (GUEDES, 2003) e pesquisadores, não é uma tarefa fácil avançar ou transcender ao que já foi investigado e debatido.

Deste modo, a realização de encontros como os Seminários Internacionais Interdisciplinares de Estudos sobre Futebol e Sociedade, nos permitem aprofundar os diálogos acerca da temática. Uma vez que as discussões teóricas e metodológicas sobre as interfaces sociais deste esporte, em perspectiva interdisciplinar, colaboraram para reflexões aprofundadas sobre as diferentes abordagens aos fenômenos relativos ao futebol.

Expediente:

Coordenador Geral do SIIEFS:

Miguel Archanjo de Freitas Junior (UEPG)

Comissão Organizadora:

Ana Flavia Braun Vieira (UEPG)

Bruno Jose Gabriel (UEPG)

Bruno Pedroso (UEPG)

Edilson de Oliveira (UEPG)

Gonçalo Cassins Moreira do Carmo (UEPG)

Corpo editorial;

Alfredo Cesar Antunes (UEPG)

Ana Flavia Braun Vieira (UEPG)

André Mendes Capraro (UFPR)

Bruno Jose Gabriel (UEPG)

Bruno Pedroso (UEPG)

Constantino Ribeiro de Oliveira Júnior (UEPG)

Edilson de Oliveira (UEPG)

Gonçalo Cassins Moreira do Carmo (UEPG)

João Irineu de Resende Miranda (UEPG)

Luiz Carlos Ribeiro (UFPR)

Miguel Archanjo de Freitas Junior (UEPG)

Natasha Santos Lise (UFPR)

Riqueldi Straub Lise (UFPR)

Periodicidade da Publicação:

O SIIEFS é realizado bienalmente na Universidade Estadual de Ponta Grossa.

Universidade Estadual de Ponta Grossa – (UEPG)

Campus Uvaranas - Av. General Carlos Cavalcanti, 4748 - Uvaranas, Ponta Grossa - CEP 84030-900 - GPS: 25°5'23"S 50°6'23"W

Normas para publicação;

Os arquivos, conforme modelo, devem ser ANEXADOS no site do evento, no ato da inscrição.
Formato: A4.
Margens: superior e inferior 2,5; esquerda e direita 3,0;
*TÍTULO: em CAIXA ALTA e em negrito; fonte Times New Roman, tamanho 12, centralizado; nome dos autores alinhado à direita, acompanhados das seguintes informações em rodapé: titulação, instituição e e-mail.
IMPORTANTE: Serão aceitos até 03 autores por trabalho. No caso dos estudantes e graduação e pós-graduação, um dos autores deve, obrigatoriamente, ser o professor orientador.
*RESUMO: fonte Times New Roman, tamanho 12, espaçamento simples; máximo de 200 palavras e 3 palavras-chave, separadas por ponto e vírgula;
*TEXTO: fonte Times New Roman, tamanho 12, espaçamento simples, alinhamento justificado;
Citações com até 3 (três) linhas deverão vir no corpo do texto, sem itálico, com chamada autor-data entre parênteses (FREITAS JUNIOR, 2013). As citações com mais de 3 (três) linhas devem vir fora do corpo do texto, tamanho 10, com recuo de 4 cm;
Caso o trabalho contenha imagens ou tabelas, estas deverão ser de boa resolução e devem ser colocadas no próprio texto;
Notas de rodapé devem ser utilizadas apenas em caráter de explicação; fonte Times New Roman, tamanho 10, espaçamento simples, alinhamento justificado;
As referências bibliográficas finais devem seguir as recomendações da ABNT;
IMPORTANTE: Número máximo de 4 laudas, incluindo referências;